24 de set. de 2010

Bom Dia aos cinco Ministros do Supremo Tribunal Federal que votaram contra a aplicação imediata da Lei da ficha limpa. Venho por meio deste, muito respeitosamente, como uma cidadã brasileira, de maior, casada, eleitora e moradora da cidade de Sumaré no estado de São Paulo, suplicar-lhes, implorar-lhes, mendigar-lhes a revisão dos votos dos Senhores. Acompanhei cada voto, ouvi suas justificativas e, humildemente atrevo-me pedir que leiam minhas explanações que embasam meu pedido para mudança dos votos dos Senhores.

Não reparem meu linguajar simplório, sem termos jurídicos, mas farei um esforço para que a explanação esteja altura de Vossas Excelências, então vejamos:

Excelências, o Artigo 16, da Constituição Federal, especificamente a ultima parte, que diz que: “não aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”, é pequena de mais, simples de mais, rasa de mais para derrubar um sonho de grande parte de uma nação. Excelências, eles são bandidos, nos roubaram, traficaram, assassinaram, praticaram corrupção, muitos abandonaram seus cargos para fugir da cassação, sem falar outros crimes que se for escrever, irão ofender suas vistas e mentes evoluídas. Tenho certeza que nós brasileiros não vamos jamais pensar que os senhores agrediram ou violaram nossa Constituição. Se este é o medo de Vossas Excelências, eu os tranqüilizo, pelo contrário, os senhores nos livrarão de vermos no poder. Nós não sabemos votar Excelências, pelo menos uma grande parte de nós não sabe votar. Se permitirem que os ladrões sigam em frente, eles serão eleitos, podem ter certeza que sim.
Diferentemente do que Ilustríssimo Ministro Sr. Gilmar Medes afirmou, nós brasileiros jamais pretendemos tomar os lugares dos senhores, ou fechar este Egrégio Tribunal. Nossa aclamação popular é apenas um termômetro, uma dica para que os senhores, guardiões da Constituição Federal, possam saber quais são nossos anseios. Aclamação popular é algo justo, correto, uma arma que um povo possui, e o passado de muitas nações, incluindo o de nossa amada pátria varonil, mostra que aclamação popular possui papel importante para o destino de um país. Não nos condenem por gritar por socorro, por colher milhões de assinatura em todo o país, e empurrar garganta abaixo do Congresso, votações de Leis que vão nos ajudar progredir. Queremos o início da vigência da Lei já, agora, não desejamos esperar por outra eleição. Ajude-nos agora nos livrar de vermes que galhardamente nos roubam, colocam em suas meias e cuecas nosso suado dinheiro. Não temos poder que não seja nossa aclamação popular, ouçam nosso grito, nos atenda Ministros.
Tenho certeza que nossos antepassados ilustres, que ajudaram na criação da Constituição, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, etc... não ficarão se revirando no túmulo por ter tido um único Artigo ignorado, ou melhor, a metade de um Artigo, pois nas atuais circunstâncias da roubalheira, da imoralidade no mundo político, podem ter certeza que eles aprovariam, o momento urge, é totalmente compreensível ignorar a ultima parte do Artigo 16 da nossa Constituição Federal.
Alguns dos Senhores alegaram termos do tipo, “ferir o Artigo 16,” “entrar em conflito com o Artigo 16”. Ora !! Ferir, nós é que temos nossas almas feridas Excelências, nos fere as entranhas vermos nosso dinheiro sendo usado para financiar campanhas, comprar jatinhos, pagar comissões a lobistas etc.. Ora!! Conflito, conflito é o que sentimos quando vemos na imprensa denúncias graves, e estas sendo tratadas apenas como mazelas de comadres. O que pensar do sentimento de impunidade que vem se alastrando? E a justificativa de que o processo eleitoral em vigor sofrerá um baque, um abalo, caso seja aplicada agora a Lei. Perdoe-me Excelências, mas esta não colou, foi mal, uma boa parte de nós, pode não saber votar, sermos iludidos, vendermos nossos votos por sacos de cimentos ou dentaduras mas, outra boa parte de eleitores possui um pouco de bom senso em saber que não existirá abalo algum nas eleições, caso estes vermes sejam banidos de uma única vez, agora em 2010. Sejam corajosos Excelências, nos ajudem, não deixem para nós, através das urnas o expurgo dos vermes. Uma boa parte dos brasileiros não está prepara para tal.
Contamos com os senhores, ou pelo menos, mais um ou dois, o placar de 5 a 5 “feriu” nossas esperanças, as minhas principalmente, pois apostei minhas fichas que os senhores seriam os guardiões que não deixariam passar os vermes fichas sujas neste processo eleitoral de 2010.

Obrigada pela atenção e mais uma vez afirmo meu respeito por este Supremo Tribunal.

Helba Otoni

29 de abr. de 2010

Mãe querida, sonho de minha vida

Era uma tarde normal, atendi meu celular e ouvi a pequena frase: titia, vovó morreu! Kaique, meu sobrinho de 12 anos nunca foi de muitas palavras, mas ouvir uma notícia assim foi como ter meu coração arrancado com a mão. Foi uma dor enorme, sem precedentes, jamais senti algo assim. Nem a dor quando da notícia da morte de meu pai em janeiro de 2007, causou-me tão enorme cratera na alma. Foi devastadora, mas tinha o esteio de minha mãe ao meu lado.
As primeiras providências a serem tomadas em meio a toda aquela dor, não saíram em uma seqüência tão lógica e prática. Liguei para minha irmã e marido com intuito de saber sobre viagem, trajeto e carro. Muita coisa se misturou na mente, a vista turva e as lembranças martelando fortemente.

Lembro bem, ainda na estrada a caminho para Nova Ponte, o celular toca e aparecem no visor umas letras estranhas. Atendi, e desta vez quem quase morreu fui eu. Aquela voz tão amada e saudosa ecoou em meus ouvidos me deixando em uma euforia e curiosidade. " Herbinha minha filha, sou eu seu pai. Me ouça, calma nesta hora da partida de suam mãe" Pai, é o senhor? Como que me ligas? Como pode ser? " Filha não importa como, apenas observe que sua mãe parte de vocês, mas vem para junto de mim. Fique em paz " De novo me atordoei, as forças me foram levadas e a dor ficou enorme. Chorei, chorei muito. Nestas horas não vemos lógica em nada. Sentimos apenas dor, o peito em chamas e a saudade de meus pais era muito forte.

Assim, prossegui em minha viagem por algum tempo, ainda sentindo muito nítido o som da voz de meu pai. Foi verídico de mais, falei com ele. Só ele me chama de Herbinha. Me pede calma, mas como acalmar diante da notícia que minha querida, doce, amada e angelical mãe se foi. Com o corpo tremulo procurei ajuda nos braços seguros de meu marido. Este, sentindo o tremor do meu corpo e minha respiração acelerada, carinhosamente me acordou. Sim, estava sonhando. Sonho longo e doloroso. Mesmo acordada, ainda pela volta do dia, trazia comigo as lembranças da noite anterior. Minha mãe vive entre nós, esta bem. Meu pai vive em outro plano, mas esta vivo em meu peito.

25 de abr. de 2010

Para Wilson Amaral, com carinho

Para Wilson Amaral, com carinho

Querido Wilson, já tens minha autorização para a publicação do amoroso texto. Foi muito bom saber sua  visão sobre  aparecimentos de espíritos, daqueles que exemplifico no comentário e todas as outras citações que fez com maestria e elegância. Fiquei surpresa ao entrar em sua página, algo que faço sempre, e ver você citando de novo nosso primeiro debate. Já se passaram quase dois anos, e quando recebi sua resposta, naquela época, fiquei muito impressionada com seu texto. Não só eu, mas outros leitores meus também ficaram e comentaram sua resposta. Tem uma parte dos comentários que recebi, que vale a pena citar, são engraçados.

Wilson adoro aquele meu comentário no seu texto, adoro mais ainda sua réplica  (Qual médium sou), aliás, foi sua réplica que me fez ler mais ainda seus textos.  Sou sua leitora porque adoro a forma como escreve. Sei separar muito bem suas convicções das minhas, jamais deixarei de ler um autor, só porque divirjo dele no assunto crença. Você não escreve só de crença, e quando escreve é para defender suas palavras, que o faz tão bem.   Alias, você, no meu entendimento, é a pessoa mais elegante para aplicação de uma "naba" que conheci até hoje.   Você sabe o que é uma "naba" Wilson? Não tem no dicionário, você deve estar pensando, e não tem mesmo.  Naba é uma palavra muito utilizada por nós mineiros lá dos cafundós, que por sinal, mestres em inventar palavras e alterar os sentidos das já existentes, mas, que no fundo, todas as alterações tem fundamentos, porem vejamos no exemplo  da palavra " naba": Naba, para nós mineiros é um legume da família do nabo, devido ter textura interna igual,  mas também tem DNA da cabaça, possui um formato parecido com o da mandioca, só que com casca verde e lisa, alguns o chama até de cabaça d'agua.  Este legume que chamamos de naba, quando está verde se come na salada como o nabo, se ninguém o colher para comer, ele endurece e sua  casaca fica igual a da cabaça e aí não se faz nada com ele que não seja artesanato (geralmente viram cobras) ou  brincadeira pornográfica de mal gosto das crianças.  Bem, no dicionário  Silveira Bueno, "nabo" significa "planta da família das crucíferas.... Pessoa estúpida, ignorante".   Como nós mineiros jamais tomamos partido entre dois brigões importantes, temos fama de ficar em cima do muro, dizer as coisas nas entrelinhas, ser solidários só no câncer, e xingar os outros sem que estes saibam que estão sendo xingados... a gente cria umas expressões para sermos chulos, sem sermos ao mesmo tempo.
Se você pensar bem, para entender a lógica maneires, "naba" é um legume que tem um formato muito peculiar, para não dizer pornográfico, e trocando a  letra  "a" pelo "o" temos a palavra nabo, que significa pessoa estúpida e ignorante, então  nada melhor que juntar a aparência  da " naba" com o significado do "nabo"  para criar  uma expressão especificamente mineira  para dizer que algum estúpido tomou naquele lugar, ou, mais elegantemente, levou uma "nabada".
Wilson, desculpe  gastar tanto seu tempo com esta cultura mineira inútil, fútil e chula,  mas, é que na época que você respondeu meu comentário, alguns leitores mineiros  e amigos de Minas, me escreveram assim: " depois desta naba, vê se queta com este assunto de espírito", outra: "Helba, levou uma nabada com alto estilo". É verdade, sempre achei aquela sua "nabada" a mais elegante que já recebi. E olha que eu vivo cutucando as onças com vara curta, mas jamais alguém me respondeu com tanta elegância, citando fonte e mantendo a linha do bom debate. Não mudo minhas convicções, como você não deve mudar as suas, mas nada impede que duas pessoas coloquem seus pontos de vista de forma civilizada e amorosa, como você sempre faz comigo, mesmo meus leitores lá de Minas acharem que tomei uma " nabada" rsrsrrs, eu não vejo assim, vejo como um debate saudável, como deveria ser todas as discussões entre os povos.  Só citei sobre estes comentários, que me  levaram ao universo da " naba" para deixar um pouco de humor para meus leitores, que andam escrevendo que estou séria de mais. Espero que entenda, tenho que agradar meu eleitorado rsrsrsrs.
 Voltando à seriedade:
Seu conhecimento da bíblia chega a ser espantoso,   e Ela merece sim sua defesa, meu respeito, alias, o respeito de todos nós. Que todos tenhamos bom senso para segui-la, ainda insisto no cuidado ao observar fragmentos de termos de época, mas no geral,  Ela tem o intuito de levar-nos todos para o bom caminho e  ao encontro do Pai. Os adereços que cada um de nós enxergamos lá, não devem tirar o brilhantismo desta obra, que teve em seus primórdios as melhores e mais sublimes das intenções.  Vai ser sempre um prazer receber suas palavras doces e gentis

Li um texto seu  " um incrédulo que o tempo e a ciência......."      Vou comentar este texto, estou escrevendo com calma, pois também tenho minhas considerações para apoiar (até parece que você precisa de apoio) suas palavras e dizer meu ponto de vista sobre estes pseudo-s cientistas orgulhosos, que tiraram o direito autoral de Deus e Jesus, sobre a criação e gerenciamento de todas as coisas deste nosso planeta e universo. Não me conformo em não achar em lugar algum, fora dos textos bíblicos e ou religiosos, que nosso mundo, nós, e tudo mais, foi criação do grande Deus. Para os estudiosos da ciência, a obra é big bang, natureza, explosão do espaço.... tudo, menos Deus..   Deixa eles...

Indulgência - Fofoqueiros e levianos de plantão, aconselho lerem. Já li e chorei !

"Indugência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os
vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a
fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente,
e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma
escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com
aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida
intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de
outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas,
mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto
possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios
censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, vela-
dos. Quando criticais, que conseqüência se há de tirar das
vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais,
visto que, estais a censurar; que valeis mais do que o culpado.
Ó homens! quando será que julgareis os vossos próprios
corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos
próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos
irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para
com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última
instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração
e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que
censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o
móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais
em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais
graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência
atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima,
afasta e irrita."
Joseph.

Pessoal, o texto acima não é meu. É de um ser extremamente elevado chamado Joseph. Li, amarrei a carapuça e resolvi compartilhar, pois sei das fraquesas humanas.

Os ovos e nós - Eu em 1999



Revendo antigos papéis, encontrei um texto que escrevi em 1999. Ao lê-lo, percebi o quanto distante e diferente estou, daquela Helba de nove anos atrás. Escrever coisas é a melhor forma de demonstrar nosso estado de espírito.  Hoje, não teria melancolia suficiente para escrever o que escrevi, mas na época, me lembro bem, era muito real em mim e na minha vida, o que escrevi aí.


Os Ovos e Nós

Outro dia eu estava falando sobre o final de um dos meus filmes prediletos, Annel Hall (Noiva Nervosa, Noivo Neurótico; ou vice-versa), de Woody Allen. Ah, com tanta riqueza, tanta intensidade, a dificuldade de um relacionamento. No final, o protagonista (ele, claro: Wood) fala sobre os relacionamentos. E usa uma parábola psicanalítica.

É mais ou menos assim: um homem que acredita botar ovos vai ao psicanalista.  Este, tenta convencê-lo do absurdo que é pensar que bota ovos. O  homem até concorda, mas diz que não vai mudar.  Por quê ? pergunta o psicanalista. “Porque não posso viver sem os ovos”. Os ovos, no final do filme, fazem as vezes dos relacionamentos. A gente sabe que são absurdos, mas não consegue  viver sem eles.

Trocando em miúdos, o que eu queria falar com toda essa  volta cinematográfica “cult”, é  da dificuldade dos relacionamentos. Minha mãe com toda  sua simplicidade, mas com uma sabedoria adquirida com o passar dos anos, uma vez disse o seguinte: “Uma das razões pelas quais nos desiludimos tanto na vida é que nos iludimos demais”. Simples e irretocável, como tudo que ela fala. Aquilo vale para tudo: ilusões demais, desilusões demais. Nas relações amorosas a coisa é extremamente assim.

Costumamos iniciar cada romance com a expectativa de um conto de fadas, em que todos terminam felizes para sempre, todos somos eternamente princesas e príncipes. Queremos que o outro  resolva todos os nossos problemas, todas as nossas frustrações. Que preencha todos os nossos vazios. Que nos suportem por obrigações de consciência, leis, famílias, sociedade, dinheiro, amigos, (some-se aí  mais uma avalanche de coisas que  se que se eu for citar, vou ficar parecendo amarga e muito insensível . E definitivamente confesso que sou extremamente sensível para o assunto amor) .

Eu diria o seguinte: um bom passo para tentar uma relação melhor é diminuir as expectativas. Contos de fada não existem.  Parecido com contos de fadas, existem romances divertidos, intensos e marcantes. Que não precisam necessariamente durar uma vida inteira. Enquanto durar o amor de verdade acompanhado com todos os seus acessórios,  que faço questão de enumerá-los, pois adoro todos... respeito, paixão, tesão, humor, companheirismo, disponibilidade, sensibilidade, cartas e mais cartas,  telefonemas aos montes, surpresas e mais uma monte de coisas boas que só o amor proporciona.....que dure 06 meses,  pois já valeu a pena.  Pretensões menores geram decepções idem. Quando escuto uma pessoa dizer que está vivendo um verdadeiro conto de fadas, pressinto logo o tombo. Raramente me enganei.

Calma lá. Não estou fazendo uma ode à acomodação ou descrença no amor. Não estou sugerindo a ninguém que deixe de sonhar com um príncipe ou princesa, muito menos  pule de galho em galho ou ciscando em vários terreiros ao mesmo tempo como um devasso (a). Apenas estou sugerindo que a dose  de expectativa seja razoável. Razoável quer dizer: que caiba dentro dos limites da razão. Não da ilusão.

O resto é tentar. Considero “tentar”,  um dos verbos mais lindos do idioma, denota esforço, sacrifício, combate, coragem. Mais de uma vez já pedi aos meus que vão ficar, após minha partida para o lado de lá,   que em meu epitáfio seja cravado em letras grandes: “H. Otoni – ela tentou”. Tentar, tentar e  tentar, ainda que tantas vezes, em certas noites escuras e de insônia - como hoje, tenhamos vontade de dizer: chega. Mesmo porque – bem, nós não podemos viver sem os ovos, podemos?

Belo Horizonte 30 de maio de 1999.

Dedico este texto ao meu amigo Carlos Eloi, que infelizmente nos deixou em 2001. Na época que foi escrito, foi o primeiro a ver.

27 de jan. de 2010

De Helba ... Aos Cuidados de Vick ...

Querida Vick,  aqui é a Helba, aquela,  que te levava uns petiscos deliciosos, quando ia a sua casa para uma visita, lembra?  Pois é Vick, hoje soube de sua partida para o outro lado da vida. A verdadeira vida esta aí, onde você se encontra agora.  É aí, que nos livramos da carcaça do corpo que levamos conosco por toda a vida. Aí, não tem tumor, não tem dores, muito menos os horrores que andam acontecendo por aqui.  Ara, mas aí  não estão seus queridos,   que contigo dividiram a vida por longos anos, pode às vezes você pensar.  Mas, é engano seu. Aí onde estais agora, é que   perceberá com mais clareza o amor que eles tem por você.  Sim, lembra que falei que a carcaça de nosso corpo nos priva de muitas coisas?  Seu entendimento será aumentado, sua locomoção não terá obstáculo, e até andar naquele carrão chique  do seu pai, você poderá fazer, sabia? É  querida, você esta livre de novo, e em breve se preparando para um novo retorno, com um corpicchio novinho em folha, e quem sabe, se Deus permitir, voltará para o mesmo lar que tanto ama e foi amada.  Porque não? Existem muito mais mistérios entre o céu e a terra que sabe nossa vã filosofia, já  dizia o poeta.

Resolvi escrever esta carta para você, pois tenho o hábito de escrever para os meus queridos que se  vão, e também porque  tenho total certeza que somente o corpo morre. Nosso espírito continua vivinho da silva, vendo, sentindo, ouvindo e entendendo tudo ao nosso  redor. E,  escrevendo, consigo dizer a você, que desde 2004, quando te conheci, sempre fui sua fã. Te achava linda, educada, boazinha e inteligente.  Eu dizia que se eu tivesse uma, queria que fosse meiga e boazinha como você.  Aí, veio  a Prince, muito adorada por mim, não tem  sua meiguice, nem sua obediência, há não tem não,  faz pirraça, até já me mordeu, admito. Mas, me deu muitas alegrias e sou completamente apaixonada por ela. Muitas vezes eu disse a Prince:  Não faça isto, seja boazinha como a Vick. Não adiantou muito rsrsrs.

A última vez que te vi Vick fiquei sabendo que estava doente,  fiquei triste. Rezei muitas vezes pela sua melhora, te enviei  remedinhos, mas,  a gente tem que entender que Deus nos deu um tempo certo aqui na terra, e quando Ele indica que chegou a hora, não tem coré coré não, temos que ir.
Seu pai fez tudo para que tivesse o melhor, cuidou de você no auge das crises, não podia ouvir um resmungo seu, que lá ia ele ver o que poderia ser feito.  Muitas vezes me contou das dores  que você vinha passando, e muitas vezes eu via também dores  no olhar dele. Ele te adora e você sabe disto né?  Alias, todos lá te adoram. O que ele quis foi o seu melhor e  cessar seu sofrimento, tudo bem que ele me deu a notícia da sua morte muito de supetão, não parece, mas sou sensível, delicada. Foi um susto e fiquei  sem palavras. Imagina eu sem palavras Vick !! É difícil rsrsrrs , mas, silenciei e em pensamento me despedi de você. 

Beijos querida, você sempre foi uma linda cachorrinha grande, com olhos meigos e bondosos. Fazia feliz sua família  e  eu era sua fã.





Em homenagem a Vick, um exemplo de inteligência e amor dos animais, retransmito abaixo,   ponto de vista interessante de alguém  muito sábio e evoluído, que respondeu uma pergunta sobre a comparação do homem com os animais...  retransmito na íntegra a pergunta e resposta:
-  Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer, porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de uma maneira precisa?
– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que desce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais, mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender, porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.
Fonte: L  D E..   Pergunta 592.

29 de dez. de 2009

Tragédia na Padaria. Refleti e repasso

Pena, que só em momentos de grande dor, velhos ensinamentos fazem sentido.
Pena, que só após perda irremediável e enorme tragédia, é que vamos ficar atentos, como em passe de mágica, nos tornamos solidários, pensativos, chorosos, arrependidos, tolerantes e até condoídos. Será que é algo que já faz parte da natureza humana, agir moralmente correto somente após um grande abalo nas fibras do coração? Porque que é só após? Porque quando estamos felizes, saudáveis, ricos, bonitos e sem a morte a nos espreitar, não tentamos viver moralmente corretos? Ser “Politicamente Correto” é novo, esta na moda e até virou Lei. Ser “Moralmente Correto” é velho, é da época do afonsim, como se diz lá em Nova Ponte, minha terra. - Eu nunca soube quem foi o Sr. Afonso, que em nosso mineirês vira afonsim. Deve ser antigo, coitado, pois quando desejamos dizer que algo é antigo e fora de moda, usamos a expressão afonsin.- A verdade é que agir “Moralmente Correto” é anterior ao afonsin, é milenar, é bíblico, mas, não esta na moda.

É! Agir politicamente correto é uma coisa, e, moralmente correto, é outra. Existe um abismo, uma fresta entre as duas atitudes. Quando qualificamos um ser humano de homossexual, afro descendente, idoso, portador de necessidades especiais e etc., estamos apenas agindo como bons cidadãos aos olhos de outros cidadãos, e porque agora é Lei, só isto. E lá no fundo? E lá em nosso coração? Será que gritando “viado miserável” realmente aliviaria nossa ira? No meu coração, vou falar por mim, que sei muito de mim: Sim, já houveram ocasiões que fui agredida e caluniada e eu realmente gostaria de ter gritado “viado miserável”, “ loura biscate”, “negão f d p” e outros. Não gritava, tinha medo do xilindró. Não gritava, mas pensava, ah! Como pensava. Hipócrita! Voltava para casa com aquela sensação ruim de quem perdeu a batalha, remoia aquele fato, contaminava meu organismo com o fel expelido, já explicado pela ciência. Coitados dos meus, na intimidade do lar, longe dos gambés, sobravam para eles as grosserias que o politicamente correto me impedia de fazer na rua. Hipócrita!

Mas, após várias tragédias e perdas irremediáveis, consegui ver uma ligação dos meus atos com minhas dores. Sim, dei um passo, pequenino, mas já é um passo na escala da evolução moral. Temos que ser brandos de coração, serenos por natureza e tolerantes todo o tempo. Temos que relevar as ofensas, não fomentar a discórdia, não esclarecer a calúnia, não valorizar uma fofoca e muito menos vingar agressões. Esta é minha receita de felicidade, e, acreditem, ela funciona. Parece muito simples, é simples mesmo, mas se aplicada com disciplina, que no início será difícil, tudo vai ficar parecendo que a gente é pateta, engole sapo etc., mas, depois verá que não é nada disto. A coisa se torna grande, rotineiro e automático. Parece que ficamos mais leves, passamos a conseguir da vida benefícios, que antes nos eram raros, os olhos da gente ficam mais redondos e meigos, as boas idéias nos vem com mais freqüência e passamos a ser mais agradáveis perante aos olhos dos outros, e isto, nos faz automaticamente, sinceramente de coração, politicamente corretos. Não é pratica esta receita? A vida melhora muito, dores e tragédias diminuem, e passam a acontecer, apenas aquelas que estão previstas em seu destino, ou seja, poucas.
Estou ainda na caminhada e na luta para melhorar. Às vezes tenho recaídas, meu lobo mal aflora, mas antes de fazer um estrago, reajo, reflito, vigio e oro.

Abaixo compartilho com vocês algumas palavras de dois seres maravilhosos, que nas horas de desespero e muita dor, lia para meu alívio e socorro, e que me fizeram pensar em meu modo de agir e, como este afetava minha vida:

“ - A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos do dia a dia;

- Pense muito, antes da discussão. O discutidor, por vezes, não passa de estouvado;

- Os outros colhem os frutos de nossas ações e oferecem-nos, de volta, as reações conseqüentes.
Daí, o cuidado instintivo em não ferirmos a própria consciência, seja policiando atitudes ou selecionando palavras, para que vivamos em paz à frente dos semelhantes, assegurando tranqüilidade a nós mesmos.

- A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções de seu caminho;

- A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis;

- A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos;

- É razoável estejamos sempre cautelosos a fim de não estendermos o mal ao caminho alheio;

- Use a coragem, sem abuso. O corajoso, em muitas ocasiões, é simples imprudente;

- Seja forte na luta de cada dia. Não olvide, contudo, que muitos companheiros valentes são suicidas inconseqüentes;

- Atenda à afabilidade e à doçura em seu caminho. Não perca, porém, o seu tempo em conversas inúteis;

- Quantas sugestões infelizes teremos coagulado no cérebro dos entes amados, predispondo-os à enfermidade ou à delinquência com as nossas frases irrefletidas! Quantos gestos lamentáveis terão vindo à luz, arrancados da sombra por nossas observações vinagrosas!

-Precatemo-nos contra semelhantes calamidades que se nos instalam nas tarefas do dia-a-dia, quase sempre sem que venhamos a perceber. Esqueçamos ofensas, discórdias, angústias e trevas, para que a raiz da amargura não encontre clima propício no campo em que atuamos.

- Todos necessitamos de felicidade e paz; entretanto, felicidade e paz solicitam amor e renovação, tanto quanto o progresso e a vida pedem trabalho harmonioso e benção de sol.”

A Emmanuel e André Luiz, donos das palavras acima, agradeço do fundo de minha alma, a chance que tive de aprender com meus erros, graças aos seus esclarecimentos tão bem colocados nos momentos oportunos.
Que todos nós possamos equilibrar nossa justiça, subtraindo-lhe as inclinações para a vingança. Que possamos manter a calma e serenidade nos momentos mais difíceis de nossa vida. E podemos ter a certeza que o mundo melhor, será feito pelos brandos.


Helba Otoni

7 de nov. de 2009

PRINCE, VOCÊ VAI MORAR NO MEU CORAÇÃO













Querida Prince, só hoje estou tendo coragem e forças para te escrever. Tem exatos 09 dias que você se foi e fiquei aqui com o coração em frangalhos. Você faz muita falta, sinto saudades, sinto falta do seu cheiro, de seus olhos meigos a me olhar expressando que me amava. Sim, eu via em seus olhos que me amava.

Flor, seu cantinho ao lado da janela continua lá!  Você adorava ficar na janela só para bisbilhotar o movimento da rua. Inclusive, ver o vidro   sem as manchas de embaço que você provocava não tem graça. Também, moço que recolhe o lixo perguntou cadê você, pois ele sentiu falta de sua implicância. Só consegui dizer  que você partiu.

É mesmo né Prince, foi tão rápida sua partida que as vezes me surpreendo com a velocidade com que as coisas foram acontecendo. Em menos de 6 dias tudo aconteceu e fiquei sem você, e, para quem fazia planos e promessas de ficar contigo até o ultimo dia da sua vida, ou da minha, me sinto uma ordinária com este prazo absurdamente curto que passamos juntas, mas, que foi o suficiente para te amar de mais. Desculpe não ter cumprido a promessa Prince, desculpe.


Flor, usando o bom senso, como aconselhou -me Rita, você esta em um lugar muito melhor do que estava aqui. Mas, não quero ter bom senso, a dor e saudade que sinto de você não deixam eu ter bom senso, quero que o bom senso vá às favas. Sei que você estava estranhando nossa nova rotina, nossos passeios cada vez mais raros, passando o dia, quase todo a sós, e ainda por cima recentemente perdemos o convívio diário com a doce D. Roza e o amável Sr. Pedro. Foi uma perda grande, eu sei.

Sabe Prince, quando tenho um pouco de sossego na mente, eu começo a refletir o porque de nossa separação. Muita coisa passa pela minha cabeça, aí penso: será que vou bater a caçuleta em breve, e Deus, como é sempre bom, já foi logo providenciando um novo lar para você, pois se eu empacoto com você ainda morando aqui, Netto passaria uns bons apertos para cuidar de ti , e sua vida não seria legal. Ou, será que vou me ausentar por um longo período para um lugar onde seria proibido te levar? O que o futuro nos reserva Prince? Porque separamos? E penso outra hipótese também: Sua partida deve ter sido um tipo de merecimento e progresso para você, minha flor. É! Você é que deve ter sido merecedora de um lar melhor, eu sei que nos últimos meses tivemos bruscas mudanças que não nos deixou escolha e você foi a que mais sentiu, devido a falta de condição de te explicar o porque de tantas mudanças. Deus deve ter visto sua agonia, e deu ordens para que a logística celestial conseguisse um novo lar para você, nos mesmos moldes que tinha antes. Como a logística celestial é prefeita, apareceu Juliana, com muito amor, paciência e dedicação para te adotar. Acho que deve ser esta a razão - tomara.


A Juliana, sua nova dona é muito paciente, coitada, vem agüentando meu chororô com muita generosidade. Ela me escreve sempre para me contar de sua nova vida, me manda fotos, me atende por telefone com muita paciência. Ela me conta que você continua adorando um sofá na hora das novelas, que é amorosa com o César, que esta sendo uma boa mocinha com o outro cachorro da casa, que continua a brincar com aquela bolinha velha horrível, que dorme com a cobertinha que mandei, e o melhor de tudo: você voltou a ter companhia o tempo todo, que é o que você mais gosta né? Todas as vezes que nos falamos, seja por telefone ou e-mail mando para você muitos beijos estalados viu? Tenho espaçado mais os e-mail e telefonemas, não porque estou te esquecendo, mas para não amolar muito, mas no fundo de minha alma, confesso que se pudesse ligaria todos os dias, mas não posso fazer isto.


Querida, já nem lembramos mais das mordidas viu? Sei que não nos mordeu, foi apenas um pedido de atenção um pouco mais evidente, para dizer que você sentia nossa falta. Já passou, já sarou.
Falando em falta, queria tanto saber se sente minha falta, se ainda lembra de mim. Sei que Juliana esta se esforçando para que seus hábitos e mimos não mudem muito, que você possa adaptar o mais breve possível, mas, e aquele carinho que trocávamos quando estávamos tomando sol, viajando, lendo, caminhando, e tantos outros momentos inesquecíveis.  Você lembra destes momentos Prince?
Hoje, gostaria de não ter lido o livro do veterinário Dr. Marcel Benedetti, gostaria de não ter sabido as coisas que hoje sei sobre o amor dos animais. Queria ser ignorante ainda mais do que sou, e pensar que cachorro é só um cachorro, que é só arrumar outro e pronto. Não, mas não penso assim, só eu sei o que vivemos juntas, só eu vi seu olhar para mim, só eu sei a saudade que sinto de você. Tenho fé no futuro, sei que esta vida é só um pingo do que temos pela frente, é o que me consola e me faz esperar.


Te adoro, e como tudo passa, quando esta dor passar, vai ficar apenas as ótimas lembranças de nós duas, que estão guardadas em minha mente, coração, fotos, dvds, orkut, blog etc, etc....

Te amo minha adorada cadela Prince

Comporte-se, saudades mil.


Helba


21 de jun. de 2009

UM MOMENTO CÔMICO, PARA TRATAR DE ALGO SÉRIO: ARROGÂNCIA. REFLITA



No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:

-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala.. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly* (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:

-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'.. 'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
E haja capim!!!



Mas, de todas as pérolas ditas pelo Barão, a minha preferida, que amo, que sempre faço uso e, traduz tudo o que penso do nosso chefe maior:
''Queres conhecer o Inácio, coloca-o num palácio''.

décadas atrás ele escreveu, profético o Barão hem ? Só vocês que se deixaram iludir, e por duas vezes !!!! Acorda gente !!!





*Apparício Torelly, (o "Barão de Itararé), que também usou o pseudônimo de "Apporelly", era gaúcho de Rio Grande, nascido em 29/01/1895. Estudou medicina, sem chegar a terminar o curso, e já era conhecido quando veio para o Rio fazer parte do jornal O Globo, e depois de A Manhã, de Mário Rodrigues, um temido e desabusado panfletário. Logo depois lançou um jornal autônomo, com o nome de "A Manha". Teve tanto sucesso que seu jornal sobreviveu ao que parodiava. Editou, também, o "Almanhaque — o Almanaque d'A Manha". Faleceu no Rio de Janeiro em 27/11/71. O "herói de dois séculos", como se intitulava, é um dos maiores nomes do humorismo nacional. Extraído de "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1985, págs. 27 e 28, coletânea organizada por Afonso Félix de Souza.
Colaboração de meu amigo Rogério, o melhor professor de tênis de Sumaré - SP

27 de jun. de 2008

Claudemir: Merece primeira página

Helba,

Como sempre, excelente seu artigo sobre nossa já eterna primeira-dama.
Dona Ruth realmente sempre nos representou com uma classe e elegância, que nos enchia de orgulho. Recebida, juntamente com o nosso presidente Fernando Henrique por monarcas, presidentes e primeiros ministros das maiores nações do mundo, a mulher esbanjava classe e elegância. Como se não bastasse todos aqueles adjetivos com os quais você a distinguiu, sobrava cultura, erudição, bondade, solidarismo, coisas raras nos dias atuais.
Lembro-me, quando tivemos que engolir aquele sapo barbudo no início de seu mandato, desabafei: “A ralé se instala no palácio!” Realmente, que guinada, sai Fernando Henrique e Dona Ruth, e vem a dupla Lula/Marisa. Na granja do Torto, muita cachaça, camisa aberta, barriga de fora...
Dona Marisa, tão logo assumiu o cargo de “primeira dama”, anunciou que faria uma reforma na decoração do palácio para dar o seu “toque pessoal” (???) Valha me Deus!! Minha mulher brincou: Certamente fará um crediário nas Lojas Marabrás... Ela deve ter acertado no quesito “Lojas Marabrás”, mas errou no aspecto “crediário”, pois com certeza foi usado o cartão corporativo.
Enfim, Dona Ruth certamente fará muita falta, como também esta fazendo falta nosso FHC.
Tende piedade de nós, Senhor!